As alterações na fertilidade são um potencial efeito adverso associado à doença oncológica e/ou aos tratamentos ministrados. Paralelamente, os avanços consideráveis ao nível do diagnóstico e tratamento da doença oncológica e o aumento da sua incidência em adolescentes e jovens adultos, contribuem para um número crescente de sobreviventes de cancro em idade reprodutiva. Desta forma, torna-se imperativo focar as atenções em aspetos relacionados com a qualidade de vida na sobrevivência, nos quais se inclui a fertilidade futura. Diversos estudos indicam que as discussões sobre fertilidade e preservação da fertilidade são da maior importância para os doentes oncológicos (1,2). A oncofertilidade surge, neste contexto, como uma nova área clínica de intervenção multidisciplinar que pretende ir ao encontro das necessidades dos doentes oncológicos, relativas ao seu potencial reprodutivo (3).