FAQs referentes à fertilidade na mulher

Home » FAQs » FAQs referentes à fertilidade na mulher

 

Como pode saber se é fértil?
  • A capacidade da mulher ter filhos depende da existência de óvulos (células reprodutoras femininas) nos ovários e do normal funcionamento do útero.
  • Em cada mulher, a quantidade de óvulos é limitada e vai diminuindo com a idade, principalmente a partir dos 35 anos.
  • É possível ter uma ideia da fertilidade de uma mulher pelos níveis de certas hormonas e pela observação dos ovários com ecografia.

 

Depois do cancro ainda vai conseguir ter filhos?
  • É possível; no entanto, vários estudos mostram que os doentes com cancro têm menos probabilidades de vir a ter filhos.
  • Na mulher, alguns tratamentos do cancro podem fazer com que os ovários deixem de funcionar, causar alterações hormonais ou problemas no útero.
  • Os problemas de fertilidade podem ser passageiros mas, por vezes, as mulheres com cancro entram na menopausa mais cedo (antes dos 40 anos).
Quando deve conversar com o médico sobre os efeitos do cancro na sua fertilidade?
Se ainda quer ser mãe, mesmo que já tenha filhos, é muito importante conversar com o seu médico, na altura do diagnóstico e antes de começar os tratamentos, sobre o seu risco de infertilidade.
Antes de iniciar os tratamentos, há mais opções para proteger a sua fertilidade.
Como saber se os tratamentos que vai fazer afetam a fertilidade?
  • É difícil saber com certeza de que forma a sua fertilidade será afetada; o seu médico avaliará o seu risco de infertilidade.
  • A idade da mulher é muito importante porque a fertilidade diminui naturalmente com o passar dos anos.
  • Na mulher com cancro, o risco de infertilidade depende também do tipo e dose dos tratamentos que fizer.
Como é que os vários tratamentos do cancro podem afetar a fertilidade?
Cirurgia
Quando a cirurgia interfere com a função de algum órgão necessário para a reprodução (por exemplo o útero ou o ovário), a sua capacidade de ter filhos pode diminuir.

Radioterapia

  • Quando a radiação incide na região dos ovários ou do útero pode diminuir o número de óvulos da mulher ou afetar a sua capacidade de manter uma gravidez no futuro.
  • Se a radiação incidir sobre a glândula hipófise (localizada no cérebro) também pode afetar a fertilidade.
  • Normalmente, o risco é maior quando são aplicadas doses maiores de radiação.

Quimioterapia

  • Alguns medicamentos usados em quimioterapia podem diminuir o número de óvulos da mulher ou afetar o funcionamento do ovário;
  • Quanto maior a dose do medicamento e a duração do tratamento, maior é o risco de infertilidade;
  • Não se sabe ainda se alguns medicamentos mais modernos, como as terapêuticas biológicas, podem afetar a fertilidade.

Terapêutica hormonal

  • Estes medicamentos (ex. goserelina ou o tamoxifeno) são normalmente usados para evitar que o cancro da mama reapareça.
  • Este tratamento pode afetar a fertilidade mas, em geral, os efeitos são temporários.
  • O tratamento com tamoxifeno é feito durante vários anos e a mulher só pode tentar engravidar se suspender o tratamento ou quando este terminar.

Transplante de células de medula óssea ou sangue periférico

  • Nalgumas situações está indicada radioterapia ou quimioterapia em altas doses com transplante de células estaminais da medula óssea ou sangue periférico.
  • A quimioterapia ou radioterapia em doses elevadas provocam muitas vezes infertilidade permanente.
Porquê preservar a fertilidade?
  • Alguns tratamentos do cancro podem diminuir a fertilidade da mulher, ou seja, a sua capacidade para ter filhos.
  • A capacidade da mulher para ter filhos depende da existência de óvulos (células reprodutoras femininas) nos ovários e do normal funcionamento do útero;
  • O risco de infertilidade é difícil de prever e depende da sua idade e do tipo e dose dos tratamentos que fizer; o seu médico avaliará o seu risco de infertilidade.
  • A infertilidade pode ser temporária mas, por vezes, as mulheres com cancro entram na menopausa mais cedo (antes dos 40 anos).

 

Quais são os custos associados às técnicas de preservação da fertilidade?

Congelação de embriões e de óvulos

Nas instituições públicas de saúde (Serviço Nacional de Saúde), a doente apenas terá que pagar os medicamentos para estimulação do ovário. O custo pode variar entre 200 e 500 euros, dependendo do tipo e da dose de medicamentos utilizados. Estes valores já têm em conta a comparticipação do Estado.

Congelação de tecido do ovário

Nas instituições públicas de saúde (Serviço Nacional de Saúde) a recolha e congelação de tecido do ovário não implicam, em geral, quaisquer custos para as doentes oncológicas.

Por quanto tempo podem ficar congelados os embriões, óvulos e tecido do ovário?
 Os embriões, óvulos ou tecido do ovário congelados podem ser conservados por um prazo máximo de 3 anos, de acordo com a lei portuguesa. Após este período, o casal (no caso de embriões) ou a mulher (no caso de óvulos ou tecido do ovário) terá que assinar um consentimento para a manutenção da congelação.
O que acontece aos embriões, óvulos e tecido do ovário congelados que não sejam utilizados?

Embriões – poderão ser eliminados, doados a outro casal ou usados em investigação, de acordo com a preferência do casal.

Óvulos – poderão ser eliminados ou usados em investigação, de acordo com a preferência da mulher.

Tecido do ovário – poderá ser eliminado ou usado em investigação, de acordo com a preferência da mulher.

 

 

A informação disponível neste website tem apenas finalidade educativa e não deve substituir o aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para esclarecer quaisquer dúvidas relacionadas com a sua saúde.

Última atualização: Fevereiro de 2014.

Informação elaborada com o apoio da

LPCC